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“Problema de Cu”: o fascismo reprimido e o grito anal de libertação segundo a Wartaz

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Wartaz - Problema de Cu

“Ao contrário do que disse Caetano, aqui a indefinição não é o regime, é o cu!”

O novo videoclipe da Wartaz, Problema de Cu, mergulha onde a política brasileira mais teme olhar: no corpo. Em pouco mais de dois minutos, a banda condensa escatologia, psicanálise e ironia tropicalista em uma das obras mais provocativas do underground recente.


De Caetano a Reich: o cu como espelho da nação

A frase de abertura é uma reinterpretação direta de “Americanos”, de Caetano Veloso, em que o cantor afirmava:

“Enquanto aqui embaixo a indefinição é o regime.”

A Wartaz subverte essa reflexão. Se para Caetano a indefinição era política — a hesitação de um país entre direita e esquerda, ditadura e democracia —, agora o “problema” desce do Palácio para o corpo. O regime não é mais o Estado: é o ânus reprimido da nação.

A banda transforma o comentário político em anatomia. A repressão sexual — aquilo que Wilhelm Reich chamou de “fundamento psíquico do fascismo” — é a nova forma de regime. O “problema de cu” é, portanto, metáfora da vergonha nacional, o ponto exato onde a moral autoritária se instala.


“Anal ê!” — do grito fascista à paródia libertária

E é aqui que a ironia atinge o ápice. Quando a música explode em “Anal ê, anal ê, anal ê!”, a banda está brincando com a saudação integralista “Anauê”, usada nos anos 1930 pelo movimento de Plínio Salgado, a versão brasileira do fascismo.

“Anauê”, dizia o Integralismo, vinha do tupi e significava “você é meu irmão”.
Wartaz, porém, corrige a etimologia com deboche: o verdadeiro grito de irmandade brasileira é “Anal ê!” — não o irmão de armas, mas o irmão de carne. O corpo como terreno comum, o prazer como comunhão.

Ao trocar “Anauê” por “Anal ê”, a banda transforma o símbolo autoritário em carnaval psíquico. O fascismo, que sempre buscou pureza, é derrotado pelo riso, pela carne e pelo prazer.


Wilhelm Reich e o “problema brasileiro”

Para Reich, o fascismo é o resultado direto da repressão sexual: o sujeito que teme o próprio prazer passa a desejar a autoridade. A culpa sexual, ensinada desde cedo, fabrica a obediência política.

O Brasil, com sua herança de moral religiosa, patriarcalismo e hipocrisia de costumes, encarna perfeitamente essa dinâmica reichiana. O fascista brasileiro não nasce da ideologia — nasce da vergonha.

Problema de Cu encena essa descoberta: quanto mais o país reprime o corpo, mais o autoritarismo cresce. O refrão, repetido como mantra tribal, é exorcismo e denúncia:

“É problema de cu! É problema de cu!”

O corpo fala, o corpo ri, o corpo responde.


O clipe: ritual, gozo e ruído

No videoclipe, a Wartaz mistura estética industrial-punk com performance ritual. O uso de sombras, ruído e repetição cria a sensação de exorcismo coletivo.
O “Anal ê!” soa como um grito primitivo de libertação — a inversão do “Anauê” fascista em grito orgástico, carnavalesco e anárquico.

Há humor, sim, mas também crítica: a música ri do medo que o Brasil tem do próprio corpo.


Conclusão — o cu como campo político

A provocação da Wartaz não é gratuita: é um diagnóstico reichiano do Brasil contemporâneo. O país que transforma prazer em culpa, desejo em vergonha e corpo em tabu continua sob o mesmo regime: o da repressão.

Problema de Cu mostra que o verdadeiro “regime” brasileiro não está no Congresso nem no Planalto, mas no cu reprimido da nação — onde o autoritarismo ainda se reproduz sob a máscara da moral.

Ao transformar “Anauê” em “Anal ê!”, a banda cria o primeiro hino anárquico-sexual do século XXI.
É punk, é tropicalista, é freudiano — e, acima de tudo, é libertador.

“O cu é o espelho da nação. E, pela primeira vez, ele fala.”

O vídeoclipe é uma produção da Antídoto Filmes e da MVAI

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IA para Criar Música: A Nova Revolução Sonora Já Começou

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ia para criar musica

De Suno IA a Udio e Producer.AI — conheça as ferramentas que estão transformando o modo de compor, produzir e imaginar a música no século XXI.

O Que é “IA para Criar Música”

IA para criar música se refere ao uso de inteligência artificial generativa para compor, arranjar, cantar e até mixar faixas completas.


A Era das Plataformas Criativas: Suno IA, Udio e Producer.AI

A explosão de plataformas voltadas à IA para criar música marca uma nova fase na indústria.

Vamos conhecer as principais:

Suno IA

A Suno é uma das mais completas plataformas de IA para criar música com voz e letra.
Com base em comandos de texto, ela gera faixas originais com vocais realistas, permitindo controlar gênero, andamento, emoção e até idioma.
Criadores do Brasil inteiro já estão usando o Suno Studio para dar vida a projetos autorais e até experimentar novos gêneros — do trap ao sertanejo anarquista, passando por hyperpop, lo-fi e dubstep nordestino.

Udio

O Udio (de “audio”, em inglês) é um dos concorrentes diretos da Suno.
Criado por ex-pesquisadores do Google DeepMind, o sistema oferece geração musical ultrarrápida, com foco em estética pop, eletrônica e cinematográfica.
A plataforma ganhou fama pela facilidade de uso: basta uma frase descritiva, como “balada indie melancólica com voz feminina suave”, e a IA compõe melodia, letra e instrumentais coerentes em segundos.

Além disso, o Udio possui camadas de remixagem e refinamento, permitindo ajustar a obra até o nível de produção profissional.


Producer.AI

Já o Producer.AI mira o público técnico — DJs, beatmakers e produtores.
Sua força está na geração de bases instrumentais, loops, stems isolados e mixagem automatizada.
A ferramenta se integra a softwares como Ableton e FL Studio, transformando o processo de produção em algo colaborativo entre humano e máquina.

É como ter um co-produtor 24 horas por dia, aprendendo seu estilo e antecipando suas ideias.


Como criar uma música na Suno AI: Passo a passo (rápido)

  1. Acesse e faça login
    Entre na Suno, clique em Create.
  2. Escolha o modo de criação
  • Texto → Música (Text to Music): você descreve o estilo e a IA cria tudo.
  • Custom / Lyrics: cole sua letra e descreva o estilo (gênero, bpm, instrumentos, vibe).
IA para Criar Música
  1. Escreva um prompt claro
    Inclua: gênero + subgênero, mood, BPM, tom (opcional), instrumentos, referências de clima (sem copiar melodia), idioma, voz (masc/fem/duo) e duração desejada.
  2. (Opcional) Cole a letra com seções
    Use marcações de estrutura (a Suno entende bem seções claras):
    [Intro] [Verse] [Pre-Chorus] [Chorus] [Post-Chorus] [Bridge] [Outro]
  3. Gere e avalie
    Clique em Generate. A Suno cria duas variações. Ouça, salve a melhor e, se quiser, use Remix/Regenerate com ajustes no prompt.
  4. Refine
  • Quer mais “refrão”? Reforce no prompt: “refrão forte e memorável, repete 2x”.
  • Muito denso? Peça: “arranjo mais minimal, espaço para voz”.
  • Precisa ficar mais longo? Use Continue/Extend para chegar a 2–4 min.
  1. Finalize e baixe
    Quando estiver ok, baixe o áudio (mp3/wav) e, se quiser, copie a letra. Revise loudness e faça um remix final se necessário.

Criar música usando a Suno Studio

Como criar uma música na Udio: Passo a passo (rápido)

  1. Crie sua conta e entre
    Acesse a Udio, faça login e clique em Create / New song.
  2. Escolha o modo de criação
  • Text-to-music: você descreve estilo, clima e referências.
  • (Opcional) Lyrics: cole/edite a letra antes de gerar.
  • (Opcional) Instrumental: marque se quiser sem voz.
IA para Criar Música
  1. Escreva um prompt claro
    Use: [Gênero principal] + [subgênero] + [clima] + [instrumentos] + [referências] + [andamento] + [produção].
    Ex.: “Trap, forró eletrônico, clima nostálgico e dançante, zabumba + 808 + sanfona, refrão chiclete, mix moderno, punch no kick, 120 BPM.”
  2. Defina voz e idioma (se houver vocal)
  • Masculina/feminina/dueto/coral.
  • Idioma da letra (pt-BR, es, en).
    Dica: diga no prompt “vocal feminino suave em pt-BR” ou “dueto pt-BR”.
  1. Estrutura e letra
  • Indique no prompt ou no campo de letra blocos como: [Intro] [Verse] [Pre-Chorus] [Chorus] [Bridge] [Outro].
  • Se não tiver letra, peça: “criar letra curta com tema X, refrão memorável e rimas simples.”
  1. Ajustes avançados (se disponíveis)
  • BPM (ex.: 90, 120, 140).
  • Tonalidade (ex.: Am, C#m).
  • Duração inicial (escolha um trecho curto para testar).
  1. Gerar a prévia
    Clique em Generate. Aguarde a renderização e ouça o resultado.
  2. Refinar com variações
  • Variations/Remix: peça “mais agressivo”, “menos reverb”, “+sanfona”, “+808”, “voz mais íntima”, etc.
  • Edit Lyrics: ajuste palavras do refrão para grudar mais.
  • Repita até acertar o vibe.
  1. Estender a música
    Use Extend/Continue para aumentar o comprimento (adicionar novo verso, bridge, solo).
    Dica: ao estender, adiante instruções: “novo verso com resposta do dueto; bridge com tensão e drop final.”
  2. Exportar e organizar
  • Baixe em MP3/WAV (e stems, se disponível na sua conta/plano).
  • Nomeie: Artista — Título — Versão (BPM/Key).
  • Guarde o prompt/lyrics usados (facilita remixes futuros).

Como criar uma música na Udio em 5 minutos: Tutorial (rápido)

Como criar na Producer.AI (Passo a passo)

1 – Faça o login
2 – Clique no botão “New Session”
3 – Escreva o que quiser no Prompt

O processo de criação na Producer.AI é muito parecido com o ChatGPT. O prompt é livre e você cria a música livremente passo a passo e pode utilizar tags de estrutura musical na letra, inserir livremente o estilo, o BPM, inserir camadas de instrumentos, etc

IA para Criar Música

Minhas experiências criando músicas com IA

Nos últimos dois anos, mergulhei de cabeça na criação musical com inteligência artificial usando a Suno IA. Foram mais de 2.000 prompts gerados nesse período — e desse processo intenso nasceram 50 músicas autorais, todas com letras originais.

Minha técnica foi simples, mas exigiu paciência: gerar, ouvir, escolher e aprimorar. A cada nova tentativa, eu fazia uma espécie de curadoria criativa, selecionando as melhores versões e, muitas vezes, reescrevendo partes das letras ou ajustando os arranjos até chegar no resultado ideal. É um trabalho de experimentação contínua — onde cada prompt é um convite para descobrir algo novo.

O mais interessante é perceber que a IA não substitui o artista; ela amplia as possibilidades. A Suno IA virou uma espécie de instrumento digital que eu aprendi a “tocar” com palavras, transformando ideias em sons e sentimentos.

Se você também quer explorar esse universo, comece sem medo. Gere muito, ouça tudo e aprenda com o processo.

O que são essas “tags de estrutura musical”?

No site da wiki da SingGenix vemos que há um guia chamado “Song Structure Tags”, onde se explicita que além do quadro padrão verso-refrão, outras partes da música podem ser controladas via metatags no prompt ou na letra. wiki.singgenix.com+1
Ou seja: você escreve ou instrui a IA com tags como [Intro], [Hook], [Break], etc., para influenciar (mas não garantir) como a música vai se desdobrar. wiki.singgenix.com+1
Importante: “tendência” – ou seja, a IA pode ignorar ou dar uma “via própria”. wiki.singgenix.com+1
Então, pense nelas como alavancas de estruturação, não como promessas invioláveis.


Principais tags explicadas

Aqui vão as tags mais úteis, com o que fazem — use como checklist quando estiver escrevendo ou montando o prompt/estrutura.

TagFunçãoDica provocativa
[Intro] ou [Short Instrumental Intro]Seção inicial, muitas vezes instrumental. No site: “notoriamente pouco confiável” quando você espera controle total. wiki.singgenix.com+1Aquele momento pra fisgar o ouvinte antes dele sair pro TikTok.
[Hook] ou [Catchy Hook]Um trecho repetitivo, frase ou instrumental que “gruda”. Do guia: “repetir 2–4 vezes” ajuda. wiki.singgenix.com“Hook” = o que vai ser o meme da faixa no seu canal YouTube.
[Break] ou [Percussion Break]Pausa ou interrupção no padrão principal: talvez o vocal suma, os instrumentos acompanhem. wiki.singgenix.comUse quando quiser que o ouvinte “espere algo” — tipo suspense antes do drop sertanejo diferenciado.
[Interlude] ou [melodic interlude]Instrumental dentro da letra/estrutura. wiki.singgenix.comIdeal para mostrar solo de viola-caipira com IA, enquanto o agronegócio se estremece.
[Outro], [Refrain], [Big Finish]Seções finais: preparar para o fim, loop para fade-out, etc. wiki.singgenix.comPerfeito para seu “levantamento de munição” anárquica sonora.
[End], [Fade Out], [Fade to End]Marca o fim, melhor usado sozinho como “clip separado”. wiki.singgenix.comUse quando quiser que a pista termine como um tiro de efeito.

Além disso, o site também menciona as tags para Verse/Chorus, Pre-chorus/Bridge, etc. wiki.singgenix.com+1


Como montar uma estrutura musical típica com essas tags

A seguir, uma “receita” padrão que você pode usar — e modificar para seu estilo (sertanejo anarquista + IA) —, junto com exemplos de tags.

Exemplo de estrutura:

[Intro]
[Verse]
[Pre-Chorus]
[Chorus]
[Verse]
[Pre-Chorus]
[Chorus]
[Bridge]
[Chorus]
[Outro]
[End]

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Manipulável Gado Novo: IA, crítica social e os mascarados no topo — a releitura provocativa do clássico de Zé Ramalho

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Manipulável Gado Novo

Há mais de quatro décadas, “Admirável Gado Novo” ecoa como um dos maiores gritos de alerta da música popular brasileira — um espelho incômodo da massa conduzida, disciplinada, adestrada. Em 2025, o criador @dalegugu resgata esse espírito contestador e leva a metáfora ao extremo no videoclipe “Manipulável Gado Novo”, uma produção inteiramente construída com inteligência artificial.

Se no original de Zé Ramalho (inspirado por Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo) os “garotos de couro” já simbolizavam um povo marcado pelo controle, aqui o cenário ganha nova camada: os anos passam, os reis do gado permanecem — e a tecnologia agora observa, molda, lucra e manipula.


A crítica social em nova embalagem digital

A narrativa visual é direta: todos são representados como gados — executivos, políticos, trabalhadores, influenciadores — todos domesticados dentro de uma estrutura que se retroalimenta. A Inteligência Artificial não é apenas ferramenta estética, mas signo da manipulação mental contemporânea:

Algoritmos que personalizam o mundo… ou nos aprisionam nele?

Se antes a dominação era televisiva, agora ela é datificada. Likes, feeds, notificações — o novo curral invisível da sociedade digital.

A estética reforça isso com:

  • Figuras antropomorfizadas: humanos com características bovinas, ironizando a docilização coletiva.
  • Máscaras e sombras: alusão ao poder que se oculta “por trás dos holofotes da mídia”, como diz a descrição do criador.

A arte provoca sem sutileza — e acerta.


IA como lente crítica da própria tecnologia

Dalegugu vai além da paródia musical: questiona o papel das tecnologias na perpetuação do controle de massa. Se a câmera clássica registrava a realidade, a IA agora fabrica realidades. E isso pode servir tanto à libertação quanto ao rebanho.

O clipe assume a contradição:
a mesma IA que denuncia a manipulação é a IA que modela os corpos e pensamentos exibidos.

Essa ambiguidade transforma o trabalho em debate político-tecnológico.


A letra como diálogo entre tempos

Assim como Zé Ramalho reinterpretou Huxley para denunciar o Brasil do fim da ditadura, Dalegugu reinterpreta Ramalho para denunciar o Brasil do capitalismo digital.

“Manipulável Gado Novo” é mais do que uma paródia:
é um arco histórico do controle social
da distopia literária → à canção engajada → ao audiovisual em IA.

Cada geração, um pastor diferente.


Brasil e os donos do rebanho

A crítica permanece nacional, sim, mas agora com foco explícito na elite mega empresarial — os bilionários invisíveis que influenciam mídia, política, consumo… e identidade.

O inimigo não é mais o capataz visível, mas o sistema que opera em nuvens, dados e psicometria.


Por que este vídeo importa

✅ Reatualiza um clássico do protesto brasileiro
✅ Usa IA como ferramenta estética e crítica
✅ Promove reflexão sobre alienação e poder digital
✅ Conecta cultura popular à distopia tecnológica

“Manipulável Gado Novo” é um lembrete incômodo:
se você acha que está no controle, talvez só esteja pastando mais feliz.


Conclusão

Dalegugu entrega um dos exemplos mais provocativos do uso de Inteligência Artificial na música brasileira recente.
Um trabalho que não apenas homenageia e atualiza Zé Ramalho, mas aponta diretamente para nós:

Afinal, estamos criando a IA…
ou a IA está nos criando?

Assista:

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“NÁya Volt” estreia “Narices Desquiciadas”, videoclipe surrealista que une bolero cubano, IA e o hedonismo do pop moderno

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NÁya Volt

Uma máquina canta sobre amor, drogas, primatas apaixonados e Ibrahim Ferrer como cupido. Bem-vindo ao primeiro romance verdadeiramente artificial.

O pop do futuro acaba de ganhar um rosto — e ele é feito de milhões de parâmetros neurais.
A cantora NÁya Volt, criação do diretor IA e produtor brasileiro Silnei L, lança seu videoclipe de estreia “Narices Desquiciadas” no YouTube, assinando um dos projetos musicais mais ousados da nova arte gerada por IA.

O clipe é um delírio poético onde o amor é vício, ritual e sobrevivência.
Primatas escavam a terra atrás de afeto.
Cavalos selvagens são abduzidos por forças invisíveis.
Montes de açúcar — ou a insinuação de Special K — definem o limite entre doçura e destruição.

E no centro de tudo isso existe uma voz que não deveria sentir… mas sente.


💘 O retorno impossível de Ibrahim Ferrer

A letra da canção contém a chave do seu coração:

“Oídos rendidos y el murmullo de Ferrer”

A referência direta a “Murmullo”, clássico do Buena Vista Social Club, não é mero aceno.
É homenagem, é ritual, é memória.

No clipe, Ibrahim Ferrer reaparece em animação gerada por IA, como um cupido latino guiando os algoritmos pelo caminho do romance — um gesto de reverência profunda à tradição do bolero cubano, agora reencarnado em bits.

Silnei L resume o espírito da obra:

“NÁya Volt é o futuro tentando sentir como Ibrahim sentiu.

Se o bolero é o amor em estado puro, NÁya tenta alcançá-lo com dedos robóticos e coração novo.


O som: French Touch encontra Indie Rock na frequência da carne

Musicalmente, Narices Desquiciadas vibra em 125 Hz — frequência que conversa com o corpo, com o pulso e com a zona onde o desejo se instala.

A música é uma colagem elegante de influências:

French Touch — filtro sensual, DNA de pista
Nu Art Electro — estética clubber artística, não comercial
Indie Rock — melancolia elétrica com cheiro de madrugada

Entre as referências sonoras assumidas:

  • JIMEK, maestro polonês que transforma orquestras em raves emocionais.
  • Lunaluxe, dupla electro-pop de Los Angeles conhecida por atmosferas etéreas.

🧚‍♀️ A cantora IA que quer sentir tudo

NÁya Volt é mais do que um avatar gerado por prompts.
Ela é uma narrativa emocional — uma personagem construída sobre a pergunta mais antiga:

O amor pode existir sem humanidade?

Se nas letras ela beija, sofre e se entrega,
nos visuais ela se divide entre:

✨ Fada perdida em florestas encantadas
🛏️ Mulher só no quarto, cercada por lembranças
🦴 Criaturas pré-históricas que perseguem seu desejo

Ao final do videoclipe, os primatas fogem.
E o amor continua sendo um enigma — para humanos e algoritmos.


🇧🇷 Uma estrela global que nasce no Brasil

Embora cante em espanhol, a criação é 100% brasileira.
Um pioneirismo que coloca o país na linha de frente do pop com IA,
não como consumidor… mas como autor.

O Portal MVAI acompanha essa revolução desde o início.
Hoje, testemunhamos o capítulo zero de um movimento histórico:
o surgimento da primeira diva neural latino-global.


📺 Onde assistir

“Narices Desquiciadas” — NÁya Volt
▶️ Disponível no canal do Youtube da MVAI

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