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Enlly Blue: a diva “soul-blues” feita por IA que chegou às paradas

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Enlly Blue

Por que prestar atenção: lançada como um projeto de soul/blues com estética vintage e voz “aveludada”, Enlly Blue é um avatar musical cuja voz é gerada por inteligência artificial e a produção é assinada pelo compositor vietnamita Thong Viet. Mesmo assim — ou por causa disso — ela já aparece nas métricas que importam: paradas da Billboard, milhões de plays e picos no Shazam.

Quem é (e quem não é) Enlly Blue

Enlly Blue não é uma cantora “de carne e osso”, mas um projeto conduzido por Thong Viet (também creditado como Thong Viet Thong/Nguyễn Viết), que escreve, produz e lança canções com vocais sintéticos. Créditos detalhados em lojas como a Apple Music listam Viet como compositor e produtor — um indicador claro da engenharia por trás do avatar. Em redes como X (ex-Twitter) e discussões de comunidade, fãs e criadores têm desvendado publicamente essa arquitetura de bastidores.

Dos algoritmos às paradas

Em outubro, a faixa “Through My Soul” entrou na Rock Digital Song Sales e impulsionou o projeto ao Top 50 do ranking Emerging Artists, segundo a Billboard — uma referência que também foi repercutida por Forbes e Digital Music News. Esses veículos destacam que “Through My Soul” alcançou o nº 15 em vendas digitais de rock e que Enlly Blue debutou no nº 44 entre os Artistas Emergentes, sinalizando que atos gerados por IA vêm “subindo” nos charts semana após semana.

Tráfego real: streams e Shazam

Nos serviços, a performance é tangível: “Through My Soul” supera 8 milhões de reproduções no Spotify (e segue crescendo); no Shazam, o perfil do projeto celebrou a entrada no Global Chart por volta da posição #108, um marco raro para um avatar recém-nascido.

O som: blues polido com verniz de 1950

Esteticamente, Enlly Blue oferece um “retro-soul” hipnótico: timbres quentes, brushes de bateria, contrabaixo redondo e arranjos que flertam com o clima dos nightclubs dos anos 50 — linguagem reforçada por playlists oficiais no YouTube com o selo “1950 Style / Soul Blue Icon” e por capas monocromáticas que emulam fotografia analógica.

Discografia de referência

Os perfis em Spotify e Apple Music exibem álbuns e EPs como Softly Floating, Silent Street Sound e The Quiet Kind of Blue, além de singles como “Rust & Roses” e “The Weary Blues” — peças que consolidam a assinatura soul-blues com narrativa romântica e atmosfera cinematográfica.

Transparência, fascínio e ceticismo

A rápida ascensão também trouxe desconfiança e debates: criadores e ouvintes relatam terem sido “enganados” pela verossimilhança do timbre e pela estética “clássica”, antes de descobrirem a natureza sintética da vocalista. Esse efeito “uncanny” virou parte da conversa cultural em posts de X, Reddit e Facebook — e coloca o projeto no centro da discussão sobre rótulos, disclosure e detecção de IA em plataformas musicais.

Por que Enlly Blue importa

  1. Evidência de tração comercial: a presença simultânea em paradas da Billboard e milhões de plays indica demanda real por produtos musicais com voz sintetizada, para além do hype. 2) Novo pacto estético: o “vintage-futurista” de Enlly Blue mostra como narrativas retro e tecnologias generativas se retroalimentam no mercado. 3) Pressão regulatória/ética: a cada pico de visibilidade, cresce a cobrança por padrões de rotulagem e verificação (inclusive com ferramentas de detecção citadas por veículos que acompanharam a estreia nos charts).

Faixas essenciais para começar

  • “Through My Soul” — o cartão de visitas que levou Enlly Blue às paradas. YouTube
  • “Rust & Roses” — balada soul-blues com vocais etéreos e arranjo de câmera lenta. YouTube
  • Álbum The Quiet Kind of Blue — consolida o mood noturno do projeto.

Serviço

Nota do Redação: este texto foi elaborado com base em fontes em inglês e checagens em plataformas de música e mídia — Billboard, Forbes, Digital Music News, lojas/players oficiais e discussões públicas em redes. As métricas (charts/streams) oscilam ao longo das semanas; números citados refletem os registros disponíveis no momento da apuração.

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IA na Billboard: presença semanal revela virada histórica da indústria musical

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IA na Billboard

Toda semana, sem exceção, aparece ao menos um “artista” criado por inteligência artificial que entra nos rankings da Billboard. E sim — isso está ocorrendo com maior frequência do que você imagina.

O portal Futurism reporta que pelo menos um “artista” ou colaborador de IA entrou nos charts da Billboard nas últimas quatro semanas consecutivas.

Um dos casos mais comentados: Xania Monet — avatar de IA criado pela compositora Mississippi Telisha “Nikki” Jones, usando o app Suno.

Outro nome: Juno Skye, descrito como “artista movido a IA” produzido por Nguyen Duc Nam.

Dados esses exemplos, fica claro que o “artista” agora pode nem existir no sentido tradicional. Gravadoras se mobilizam, disputas de milhões surgem — como no caso de Xania Monet, que teria gerado leilão de gravadoras com ofertas chegando a US$ 3 milhões.

Claro, não é só diversão: há implicações éticas. Apps como Suno e Udio, usados para gerar música por IA, foram acusados de treinar modelos com obras com direitos autorais, o que ainda não foi comprovado.

E plataformas de streaming como Spotify enfrentam “invasão” de conteúdo gerado por IA.

No fim das contas, a inteligência artificial não é um inimigo da arte — é um novo tipo de instrumento, uma extensão da imaginação humana. Por trás de cada “artista” de IA listado na Billboard, ainda há alguém escrevendo, escolhendo palavras, sonoridades e emoções. A máquina não cria sozinha: ela responde a um gesto humano, a uma intenção estética.

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IA na música: gravadoras numa “zona de perigo”, diz Barclays

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IA na música

A revolução da inteligência artificial está batendo à porta da indústria musical — e segundo Barclays, as grandes gravadoras podem estar prestes a entrar numa verdadeira “zona de perigo”. Com a geração automática de música cada vez mais refinada, o jogo muda – e as regras antigas não bastam mais.

A corretora britânica alertou que o avanço da tecnologia generativa representa riscos crescentes para o setor global de música, afirmando que empresas tradicionais de fonograma podem enfrentar “receitas de uso em risco, perda de participação de mercado”, enquanto possuem “oportunidades limitadas de crescimento se não se adaptarem rápido”.

O relatório cita três vetores de mudança principais: (1) a qualidade das músicas produzidas por IA melhorou significativamente; (2) a IA está abrindo a produção musical para cerca de 300 milhões de criadores que antes não tinham competências musicais — o que amplia dramaticamente a base de competição; (3) a pirataria, por sua vez, está se sofisticando.

Na prática, o Barclays projetou cenários preocupantes. No pior dos cenários, as gravadoras poderiam perder até 50% de suas receitas de uso e 10% de participação de mercado — o que reduziria o EBITDA da Universal Music Group (UMG) em cerca de 13% e o da Warner Music Group (WMG) em cerca de 18%. Um cenário mais moderado falava em declínio de ~1% para a UMG e ~4% para a WMG. Já no cenário mais otimista — baseado em acordos de licenciamento e produtos para superfãs — poderia haver expansão de até 17% no EBITDA para ambas.

O Barclays também apontou que a ascensão de artistas gerados por IA, como Enlly Blue, Xania Monet e Blow Records — todos com milhões de ouvintes online — evidencia uma erosão da fronteira entre “música humana” e “música de máquina”.

Além disso, a pirataria alimentada por IA preocupa: segundo o relatório, a Deezer relatou que 28% dos uploads diários de músicas eram completamente gerados por IA, com até 70% dessas transmissões categorizadas como fraudulentas. Já a Spotify retirou mais de 75 milhões de “faixas de spam” no último ano.

Porém, nem tudo é negação. O relatório do Barclays também vê oportunidades — por exemplo, nas receitas advindas de licenciamento de conteúdo gerado por IA e na criação de plataformas para superfãs com remixes personalizados, mash-ups e experiências hiper-ativadas.

Segundo o CEO da UMG, Sir Lucian Grainge, “a IA tem o potencial de oferecer ferramentas criativas que nos permitirão conectar nossos artistas com seus fãs de novas maneiras”. O Barclays, por seu turno, ressalta: “é muito cedo para ser definitivo, então a execução será fundamental, já que o status quo seria negativo”. O ano de 2026, diz a análise, será crucial para ver quem garante a dianteira: desenvolvedores de tecnologia, artistas ou gravadoras.

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IA para Criar Música: A Nova Revolução Sonora Já Começou

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ia para criar musica

De Suno IA a Udio e Producer.AI — conheça as ferramentas que estão transformando o modo de compor, produzir e imaginar a música no século XXI.

O Que é “IA para Criar Música”

IA para criar música se refere ao uso de inteligência artificial generativa para compor, arranjar, cantar e até mixar faixas completas.


A Era das Plataformas Criativas: Suno IA, Udio e Producer.AI

A explosão de plataformas voltadas à IA para criar música marca uma nova fase na indústria.

Vamos conhecer as principais:

Suno IA

A Suno é uma das mais completas plataformas de IA para criar música com voz e letra.
Com base em comandos de texto, ela gera faixas originais com vocais realistas, permitindo controlar gênero, andamento, emoção e até idioma.
Criadores do Brasil inteiro já estão usando o Suno Studio para dar vida a projetos autorais e até experimentar novos gêneros — do trap ao sertanejo anarquista, passando por hyperpop, lo-fi e dubstep nordestino.

Udio

O Udio (de “audio”, em inglês) é um dos concorrentes diretos da Suno.
Criado por ex-pesquisadores do Google DeepMind, o sistema oferece geração musical ultrarrápida, com foco em estética pop, eletrônica e cinematográfica.
A plataforma ganhou fama pela facilidade de uso: basta uma frase descritiva, como “balada indie melancólica com voz feminina suave”, e a IA compõe melodia, letra e instrumentais coerentes em segundos.

Além disso, o Udio possui camadas de remixagem e refinamento, permitindo ajustar a obra até o nível de produção profissional.


Producer.AI

Já o Producer.AI mira o público técnico — DJs, beatmakers e produtores.
Sua força está na geração de bases instrumentais, loops, stems isolados e mixagem automatizada.
A ferramenta se integra a softwares como Ableton e FL Studio, transformando o processo de produção em algo colaborativo entre humano e máquina.

É como ter um co-produtor 24 horas por dia, aprendendo seu estilo e antecipando suas ideias.


Como criar uma música na Suno AI: Passo a passo (rápido)

  1. Acesse e faça login
    Entre na Suno, clique em Create.
  2. Escolha o modo de criação
  • Texto → Música (Text to Music): você descreve o estilo e a IA cria tudo.
  • Custom / Lyrics: cole sua letra e descreva o estilo (gênero, bpm, instrumentos, vibe).
IA para Criar Música
  1. Escreva um prompt claro
    Inclua: gênero + subgênero, mood, BPM, tom (opcional), instrumentos, referências de clima (sem copiar melodia), idioma, voz (masc/fem/duo) e duração desejada.
  2. (Opcional) Cole a letra com seções
    Use marcações de estrutura (a Suno entende bem seções claras):
    [Intro] [Verse] [Pre-Chorus] [Chorus] [Post-Chorus] [Bridge] [Outro]
  3. Gere e avalie
    Clique em Generate. A Suno cria duas variações. Ouça, salve a melhor e, se quiser, use Remix/Regenerate com ajustes no prompt.
  4. Refine
  • Quer mais “refrão”? Reforce no prompt: “refrão forte e memorável, repete 2x”.
  • Muito denso? Peça: “arranjo mais minimal, espaço para voz”.
  • Precisa ficar mais longo? Use Continue/Extend para chegar a 2–4 min.
  1. Finalize e baixe
    Quando estiver ok, baixe o áudio (mp3/wav) e, se quiser, copie a letra. Revise loudness e faça um remix final se necessário.

Criar música usando a Suno Studio

Como criar uma música na Udio: Passo a passo (rápido)

  1. Crie sua conta e entre
    Acesse a Udio, faça login e clique em Create / New song.
  2. Escolha o modo de criação
  • Text-to-music: você descreve estilo, clima e referências.
  • (Opcional) Lyrics: cole/edite a letra antes de gerar.
  • (Opcional) Instrumental: marque se quiser sem voz.
IA para Criar Música
  1. Escreva um prompt claro
    Use: [Gênero principal] + [subgênero] + [clima] + [instrumentos] + [referências] + [andamento] + [produção].
    Ex.: “Trap, forró eletrônico, clima nostálgico e dançante, zabumba + 808 + sanfona, refrão chiclete, mix moderno, punch no kick, 120 BPM.”
  2. Defina voz e idioma (se houver vocal)
  • Masculina/feminina/dueto/coral.
  • Idioma da letra (pt-BR, es, en).
    Dica: diga no prompt “vocal feminino suave em pt-BR” ou “dueto pt-BR”.
  1. Estrutura e letra
  • Indique no prompt ou no campo de letra blocos como: [Intro] [Verse] [Pre-Chorus] [Chorus] [Bridge] [Outro].
  • Se não tiver letra, peça: “criar letra curta com tema X, refrão memorável e rimas simples.”
  1. Ajustes avançados (se disponíveis)
  • BPM (ex.: 90, 120, 140).
  • Tonalidade (ex.: Am, C#m).
  • Duração inicial (escolha um trecho curto para testar).
  1. Gerar a prévia
    Clique em Generate. Aguarde a renderização e ouça o resultado.
  2. Refinar com variações
  • Variations/Remix: peça “mais agressivo”, “menos reverb”, “+sanfona”, “+808”, “voz mais íntima”, etc.
  • Edit Lyrics: ajuste palavras do refrão para grudar mais.
  • Repita até acertar o vibe.
  1. Estender a música
    Use Extend/Continue para aumentar o comprimento (adicionar novo verso, bridge, solo).
    Dica: ao estender, adiante instruções: “novo verso com resposta do dueto; bridge com tensão e drop final.”
  2. Exportar e organizar
  • Baixe em MP3/WAV (e stems, se disponível na sua conta/plano).
  • Nomeie: Artista — Título — Versão (BPM/Key).
  • Guarde o prompt/lyrics usados (facilita remixes futuros).

Como criar uma música na Udio em 5 minutos: Tutorial (rápido)

Como criar na Producer.AI (Passo a passo)

1 – Faça o login
2 – Clique no botão “New Session”
3 – Escreva o que quiser no Prompt

O processo de criação na Producer.AI é muito parecido com o ChatGPT. O prompt é livre e você cria a música livremente passo a passo e pode utilizar tags de estrutura musical na letra, inserir livremente o estilo, o BPM, inserir camadas de instrumentos, etc

IA para Criar Música

Minhas experiências criando músicas com IA

Nos últimos dois anos, mergulhei de cabeça na criação musical com inteligência artificial usando a Suno IA. Foram mais de 2.000 prompts gerados nesse período — e desse processo intenso nasceram 50 músicas autorais, todas com letras originais.

Minha técnica foi simples, mas exigiu paciência: gerar, ouvir, escolher e aprimorar. A cada nova tentativa, eu fazia uma espécie de curadoria criativa, selecionando as melhores versões e, muitas vezes, reescrevendo partes das letras ou ajustando os arranjos até chegar no resultado ideal. É um trabalho de experimentação contínua — onde cada prompt é um convite para descobrir algo novo.

O mais interessante é perceber que a IA não substitui o artista; ela amplia as possibilidades. A Suno IA virou uma espécie de instrumento digital que eu aprendi a “tocar” com palavras, transformando ideias em sons e sentimentos.

Se você também quer explorar esse universo, comece sem medo. Gere muito, ouça tudo e aprenda com o processo.

O que são essas “tags de estrutura musical”?

No site da wiki da SingGenix vemos que há um guia chamado “Song Structure Tags”, onde se explicita que além do quadro padrão verso-refrão, outras partes da música podem ser controladas via metatags no prompt ou na letra. wiki.singgenix.com+1
Ou seja: você escreve ou instrui a IA com tags como [Intro], [Hook], [Break], etc., para influenciar (mas não garantir) como a música vai se desdobrar. wiki.singgenix.com+1
Importante: “tendência” – ou seja, a IA pode ignorar ou dar uma “via própria”. wiki.singgenix.com+1
Então, pense nelas como alavancas de estruturação, não como promessas invioláveis.


Principais tags explicadas

Aqui vão as tags mais úteis, com o que fazem — use como checklist quando estiver escrevendo ou montando o prompt/estrutura.

TagFunçãoDica provocativa
[Intro] ou [Short Instrumental Intro]Seção inicial, muitas vezes instrumental. No site: “notoriamente pouco confiável” quando você espera controle total. wiki.singgenix.com+1Aquele momento pra fisgar o ouvinte antes dele sair pro TikTok.
[Hook] ou [Catchy Hook]Um trecho repetitivo, frase ou instrumental que “gruda”. Do guia: “repetir 2–4 vezes” ajuda. wiki.singgenix.com“Hook” = o que vai ser o meme da faixa no seu canal YouTube.
[Break] ou [Percussion Break]Pausa ou interrupção no padrão principal: talvez o vocal suma, os instrumentos acompanhem. wiki.singgenix.comUse quando quiser que o ouvinte “espere algo” — tipo suspense antes do drop sertanejo diferenciado.
[Interlude] ou [melodic interlude]Instrumental dentro da letra/estrutura. wiki.singgenix.comIdeal para mostrar solo de viola-caipira com IA, enquanto o agronegócio se estremece.
[Outro], [Refrain], [Big Finish]Seções finais: preparar para o fim, loop para fade-out, etc. wiki.singgenix.comPerfeito para seu “levantamento de munição” anárquica sonora.
[End], [Fade Out], [Fade to End]Marca o fim, melhor usado sozinho como “clip separado”. wiki.singgenix.comUse quando quiser que a pista termine como um tiro de efeito.

Além disso, o site também menciona as tags para Verse/Chorus, Pre-chorus/Bridge, etc. wiki.singgenix.com+1


Como montar uma estrutura musical típica com essas tags

A seguir, uma “receita” padrão que você pode usar — e modificar para seu estilo (sertanejo anarquista + IA) —, junto com exemplos de tags.

Exemplo de estrutura:

[Intro]
[Verse]
[Pre-Chorus]
[Chorus]
[Verse]
[Pre-Chorus]
[Chorus]
[Bridge]
[Chorus]
[Outro]
[End]

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