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Spotify une forças com grandes gravadoras e plataformas para colocar artistas no centro da inovação em IA

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A tecnologia de inteligência artificial generativa está avançando a passos largos — trazendo oportunidades criativas inéditas, mas também desafios profundos para a indústria musical. Diante desse cenário, o Spotify anuncia uma nova parceria estratégica com Sony Music Group, Universal Music Group, Warner Music Group, Merlin e Believe com o objetivo de desenvolver produtos de IA que coloquem artistas e compositores em primeiro lugar.

Por que isso importa

Frequentemente, as ferramentas de IA musical emergentes são vistas pelos artistas como experimentos pontuais, construídas mais para competir do que para colaborar com eles.
Com essa iniciativa, o Spotify e seus parceiros querem garantir que futuras experiências de IA musical apoiem — e não oponham ou substituam — a criação artística tradicional.

Os quatro princípios que guiam o projeto

A colaboração será construída com base em quatro pilares fundamentais:

  1. Parcerias claras e contratadas: As futuras ferramentas de IA serão criadas mediante acordos prévios com gravadoras, editoras, distribuidoras e outros detentores de direitos — e não por “uso depois, perdão depois”.
  2. Escolha de participação: Os artistas e titulares de direitos terão liberdade para decidir se, quando e como desejam participar dessas ferramentas de IA — para que o uso reflita seus valores criativos.
  3. Remuneração justa & novas receitas: Os produtos de IA serão desenhados para gerar novas formas de receita para artistas, compositores e detentores de direitos, com transparência nos créditos e compensação adequada.
  4. Conexão artista-fã: As soluções de IA não visam substituir a arte humana — pelo contrário, devem oferecer novos meios de engajamento entre artistas e seus fãs, ampliando a descoberta e a experiência musical.

O que vem por aí

O Spotify já iniciou a construção de um laboratório de pesquisa em IA generativa e um time dedicado a produtos que “reflictam os valores dos artistas” e possam entregar experiências inovadoras para fãs e criadores.
Embora ainda não tenham sido divulgados os produtos específicos finais, esse anúncio marca um passo estratégico: a indústria da música entende que não pode ficar à margem da revolução da IA — sob o risco de ver inovação acontecer fora do ecossistema de direitos autorais, consentimento e compensação.

Importância para artistas, compositores e fãs

Para os artistas, essa iniciativa representa uma mudança significativa: em vez de reagirem à IA como um “concorrente”, poderão vê-la como aliada, desde que integrada de maneira justa e consciente.
Para os fãs, o potencial está em descobrir música de formas mais inteligentes, personalizadas e imersivas — desde que essa descoberta esteja ligada a um respeito real pelo processo criativo.
E para a indústria em geral, é um sinal de que inovação e direitos de criadores podem caminhar juntos — não precisam ser vistos como forças antagônicas.

Conclusão

A aliança entre o Spotify e as grandes gravadoras/ plataformas mostra que a criação musical de amanhã quer ser “IA-amigável”, mas com artistas no comando.
Se for bem-executada, pode ajudar a redefinir o papel da IA na música — não como ameaça, mas como ferramenta de amplificação criativa, engajamento e sustentabilidade para quem faz arte.

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Se a IA fizer um hit… você reconhece? 97% não.

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A plataforma Deezer, em parceria com a consultoria Ipsos, lançou um estudo global com 9 000 pessoas em oito países que revela: 97% dos ouvintes não conseguem distinguir música 100% gerada por inteligência artificial da produzida por humanos.

Mas não é só isso:

  • Mais da metade (52%) admitiu sentir-se desconfortável por não conseguir diferenciar as origens das faixas.
  • A maioria (80%) acredita que trilhas totalmente geradas por IA devem vir com etiqueta clara de “100% AI”.
  • Cerca de 65% defendem que não se deve usar material protegido por copyright para treinar modelos de IA – ou que, se usar, os artistas originais devem ser remunerados de maneira justa.
  • E entre os usuários de streaming, 45% gostariam de poder filtrar para não ouvir músicas totalmente geradas por IA.

Segundo a Deezer, o volume de uploads de faixas 100% IA na plataforma ultrapassa 50 000 por dia, o que representa cerca de 34% de todas as entregas diárias de música.

A empresa já se posiciona como a única grande do streaming a rotular claramente músicas geradas por IA e a removê-las de algoritmos e playlists editoriais, visando proteger artistas e ouvintes.

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Billboard Country #1: o hit feito por IA que virou febre nas estradas digitais

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Breaking Rust

O topo da Billboard Country acaba de ser tomado por um artista que não existe.
Breaking Rust, um cantor criado por inteligência artificial, colocou a faixa “Walk My Walk” em #1 nas vendas digitais dos EUA. Nenhum microfone, nenhuma fazenda, nenhum humano suando no estúdio — só algoritmos.

A façanha é histórica: é a primeira vez que um artista 100% IA lidera o chart country, território sagrado da autenticidade americana. O som? Mistura de banjo sintético, voz com brilho de máquina e sentimento de quem nunca teve um coração — mas sabe bem onde o público clica.

Pesquisadores dizem que dá pra ouvir a IA “respirando errado”. Mas pouco importa: milhões já baixaram o hit, e o cowboy digital virou o novo símbolo de uma indústria que trocou o palco pelo servidor.

Nashville que se cuide: o novo faroeste agora é na nuvem, e o cavalo é um processador.

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“Ela me traz à vida”: como surgiu a artista de IA Xania Monet

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Xania Monet

Quando se ouve pela primeira vez os vocais sedosos de Xania Monet, é fácil acreditar que se trata de uma cantora com uma história de vida dolorosa traduzida em R&B arrojado — até descobrirmos o “truque”. Porque, por trás dessa voz que conquistou o rádio, está a criadora e mente humana Telisha “Nikki” Jones, de 31 anos, do Mississippi — e um sofisticado arranjo de inteligência artificial.

Da dor verdadeira ao hit de rádio

Jones não era cantora antes de Xania Monet — ela era uma comunicadora autodidata em IA, descobrindo o universo das ferramentas de criação musical generativa há apenas quatro meses.

O que ela tinha, entretanto, eram poemas — íntimos, cruéis e autobiográficos. O luto pela perda do pai aos 8 anos virou letra de música: “How Was I Supposed to Know?” surge desse lugar.

Ela transforma esses poemas em faixas completíssimas: insere os versos no app de geração musical com prompt para “soul feminino com guitarra leve e bateria pesada”, escolhe o tom, alt, arranjo — e lança. “Estou apenas fazendo o que amo e misturando com tecnologia”, ela diz.

Revolução ou trap?

O timing não podia ser mais explosivo: Xania Monet já figura em pelo menos cinco charts da Billboard, e foi anunciada como a “primeira artista de IA conhecida a conquistar tanto airplay rádio” segundo a Billboard.

Ela assinou um contrato milionário com a gravadora Hallwood Media — o que confirma que o mercado vê nessa proposta algo além de experimento.

Mas nem todos celebram: artistas como Kehlani expressaram abertamente que não respeitam o uso de IA como substituto à arte humana.

Jones responde sem rodeios: “Tecnologia está evoluindo… cada um põe seu trabalho para chegar onde está”.

E sublinha: ela não está escondida atrás de uma “avatar branca” ou neutra. “Eu sou Telisha. Sou uma mulher negra; sou criadora; sou empreendedora; eu criei Xania.”

Por que isso importa para a cena musical

Porque esse flagra — essa sobreposição entre “artista humana” e “criador + IA” — trará implicações profundas:

  • Abre caminho para vozes que antes não entravam no sistema tradicional — acessibilidade e subversão juntas.
  • Provoca o mercado: se técnica não é tudo, talvez carisma + instinto sejam o novo “virtuosismo”. Como afirma a Hallwood: “sabor e instinto sempre importaram mais que destreza técnica, e agora vemos isso em tempo real”.
  • Reabre o debate sobre autoria, cultura e identidade: quem “é” a artista? Quem recebe crédito? Quem lucra?

Curiosidade MVAI:

  • Os prompts que Jones usou — “ritmo R&B lento”, “vocal feminino soul”, “guitarra leve e bateria pesada” — trazem à mente um ritual de estúdio reinventado digitalmente.
  • Apesar de não cantar, Jones garante “100% da letra é minha”. O que coloca o debate na zona cinzenta entre voz humana e corpo de robô.
  • A execução: em quatro meses, domínio de IA + lançamento comercial + hit em rádio. Um tempo que, para o mundo tradicional da música, é de “flash”.
  • Para a MVAI, seguimos atentos: se Xania Monet representa “o futuro da música”, como afirma a Hallwood, então esse futuro talvez esteja batendo à porta. 🎤✨
  • Fiquem ligados.
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