Música
IA para Criar Música: A Nova Revolução Sonora Já Começou
De Suno IA a Udio e Producer.AI — conheça as ferramentas que estão transformando o modo de compor, produzir e imaginar a música no século XXI.
O Que é “IA para Criar Música”
IA para criar música se refere ao uso de inteligência artificial generativa para compor, arranjar, cantar e até mixar faixas completas.
A Era das Plataformas Criativas: Suno IA, Udio e Producer.AI
A explosão de plataformas voltadas à IA para criar música marca uma nova fase na indústria.
Vamos conhecer as principais:
Suno IA
A Suno é uma das mais completas plataformas de IA para criar música com voz e letra.
Com base em comandos de texto, ela gera faixas originais com vocais realistas, permitindo controlar gênero, andamento, emoção e até idioma.
Criadores do Brasil inteiro já estão usando o Suno Studio para dar vida a projetos autorais e até experimentar novos gêneros — do trap ao sertanejo anarquista, passando por hyperpop, lo-fi e dubstep nordestino.
Udio
O Udio (de “audio”, em inglês) é um dos concorrentes diretos da Suno.
Criado por ex-pesquisadores do Google DeepMind, o sistema oferece geração musical ultrarrápida, com foco em estética pop, eletrônica e cinematográfica.
A plataforma ganhou fama pela facilidade de uso: basta uma frase descritiva, como “balada indie melancólica com voz feminina suave”, e a IA compõe melodia, letra e instrumentais coerentes em segundos.
Além disso, o Udio possui camadas de remixagem e refinamento, permitindo ajustar a obra até o nível de produção profissional.
Producer.AI
Já o Producer.AI mira o público técnico — DJs, beatmakers e produtores.
Sua força está na geração de bases instrumentais, loops, stems isolados e mixagem automatizada.
A ferramenta se integra a softwares como Ableton e FL Studio, transformando o processo de produção em algo colaborativo entre humano e máquina.
É como ter um co-produtor 24 horas por dia, aprendendo seu estilo e antecipando suas ideias.
Como criar uma música na Suno AI: Passo a passo (rápido)
- Acesse e faça login
Entre na Suno, clique em Create. - Escolha o modo de criação
- Texto → Música (Text to Music): você descreve o estilo e a IA cria tudo.
- Custom / Lyrics: cole sua letra e descreva o estilo (gênero, bpm, instrumentos, vibe).

- Escreva um prompt claro
Inclua: gênero + subgênero, mood, BPM, tom (opcional), instrumentos, referências de clima (sem copiar melodia), idioma, voz (masc/fem/duo) e duração desejada. - (Opcional) Cole a letra com seções
Use marcações de estrutura (a Suno entende bem seções claras):[Intro] [Verse] [Pre-Chorus] [Chorus] [Post-Chorus] [Bridge] [Outro] - Gere e avalie
Clique em Generate. A Suno cria duas variações. Ouça, salve a melhor e, se quiser, use Remix/Regenerate com ajustes no prompt. - Refine
- Quer mais “refrão”? Reforce no prompt: “refrão forte e memorável, repete 2x”.
- Muito denso? Peça: “arranjo mais minimal, espaço para voz”.
- Precisa ficar mais longo? Use Continue/Extend para chegar a 2–4 min.
- Finalize e baixe
Quando estiver ok, baixe o áudio (mp3/wav) e, se quiser, copie a letra. Revise loudness e faça um remix final se necessário.
Criar música usando a Suno Studio
Como criar uma música na Udio: Passo a passo (rápido)
- Crie sua conta e entre
Acesse a Udio, faça login e clique em Create / New song. - Escolha o modo de criação
- Text-to-music: você descreve estilo, clima e referências.
- (Opcional) Lyrics: cole/edite a letra antes de gerar.
- (Opcional) Instrumental: marque se quiser sem voz.

- Escreva um prompt claro
Use: [Gênero principal] + [subgênero] + [clima] + [instrumentos] + [referências] + [andamento] + [produção].
Ex.: “Trap, forró eletrônico, clima nostálgico e dançante, zabumba + 808 + sanfona, refrão chiclete, mix moderno, punch no kick, 120 BPM.” - Defina voz e idioma (se houver vocal)
- Masculina/feminina/dueto/coral.
- Idioma da letra (pt-BR, es, en).
Dica: diga no prompt “vocal feminino suave em pt-BR” ou “dueto pt-BR”.
- Estrutura e letra
- Indique no prompt ou no campo de letra blocos como:
[Intro] [Verse] [Pre-Chorus] [Chorus] [Bridge] [Outro]. - Se não tiver letra, peça: “criar letra curta com tema X, refrão memorável e rimas simples.”
- Ajustes avançados (se disponíveis)
- BPM (ex.: 90, 120, 140).
- Tonalidade (ex.: Am, C#m).
- Duração inicial (escolha um trecho curto para testar).
- Gerar a prévia
Clique em Generate. Aguarde a renderização e ouça o resultado. - Refinar com variações
- Variations/Remix: peça “mais agressivo”, “menos reverb”, “+sanfona”, “+808”, “voz mais íntima”, etc.
- Edit Lyrics: ajuste palavras do refrão para grudar mais.
- Repita até acertar o vibe.
- Estender a música
Use Extend/Continue para aumentar o comprimento (adicionar novo verso, bridge, solo).
Dica: ao estender, adiante instruções: “novo verso com resposta do dueto; bridge com tensão e drop final.” - Exportar e organizar
- Baixe em MP3/WAV (e stems, se disponível na sua conta/plano).
- Nomeie: Artista — Título — Versão (BPM/Key).
- Guarde o prompt/lyrics usados (facilita remixes futuros).
Como criar uma música na Udio em 5 minutos: Tutorial (rápido)
Como criar na Producer.AI (Passo a passo)
1 – Faça o login
2 – Clique no botão “New Session”
3 – Escreva o que quiser no Prompt
O processo de criação na Producer.AI é muito parecido com o ChatGPT. O prompt é livre e você cria a música livremente passo a passo e pode utilizar tags de estrutura musical na letra, inserir livremente o estilo, o BPM, inserir camadas de instrumentos, etc

Minhas experiências criando músicas com IA
Nos últimos dois anos, mergulhei de cabeça na criação musical com inteligência artificial usando a Suno IA. Foram mais de 2.000 prompts gerados nesse período — e desse processo intenso nasceram 50 músicas autorais, todas com letras originais.
Minha técnica foi simples, mas exigiu paciência: gerar, ouvir, escolher e aprimorar. A cada nova tentativa, eu fazia uma espécie de curadoria criativa, selecionando as melhores versões e, muitas vezes, reescrevendo partes das letras ou ajustando os arranjos até chegar no resultado ideal. É um trabalho de experimentação contínua — onde cada prompt é um convite para descobrir algo novo.
O mais interessante é perceber que a IA não substitui o artista; ela amplia as possibilidades. A Suno IA virou uma espécie de instrumento digital que eu aprendi a “tocar” com palavras, transformando ideias em sons e sentimentos.
Se você também quer explorar esse universo, comece sem medo. Gere muito, ouça tudo e aprenda com o processo.
O que são essas “tags de estrutura musical”?
No site da wiki da SingGenix vemos que há um guia chamado “Song Structure Tags”, onde se explicita que além do quadro padrão verso-refrão, outras partes da música podem ser controladas via metatags no prompt ou na letra. wiki.singgenix.com+1
Ou seja: você escreve ou instrui a IA com tags como [Intro], [Hook], [Break], etc., para influenciar (mas não garantir) como a música vai se desdobrar. wiki.singgenix.com+1
Importante: “tendência” – ou seja, a IA pode ignorar ou dar uma “via própria”. wiki.singgenix.com+1
Então, pense nelas como alavancas de estruturação, não como promessas invioláveis.
Principais tags explicadas
Aqui vão as tags mais úteis, com o que fazem — use como checklist quando estiver escrevendo ou montando o prompt/estrutura.
| Tag | Função | Dica provocativa |
|---|---|---|
[Intro] ou [Short Instrumental Intro] | Seção inicial, muitas vezes instrumental. No site: “notoriamente pouco confiável” quando você espera controle total. wiki.singgenix.com+1 | Aquele momento pra fisgar o ouvinte antes dele sair pro TikTok. |
[Hook] ou [Catchy Hook] | Um trecho repetitivo, frase ou instrumental que “gruda”. Do guia: “repetir 2–4 vezes” ajuda. wiki.singgenix.com | “Hook” = o que vai ser o meme da faixa no seu canal YouTube. |
[Break] ou [Percussion Break] | Pausa ou interrupção no padrão principal: talvez o vocal suma, os instrumentos acompanhem. wiki.singgenix.com | Use quando quiser que o ouvinte “espere algo” — tipo suspense antes do drop sertanejo diferenciado. |
[Interlude] ou [melodic interlude] | Instrumental dentro da letra/estrutura. wiki.singgenix.com | Ideal para mostrar solo de viola-caipira com IA, enquanto o agronegócio se estremece. |
[Outro], [Refrain], [Big Finish] | Seções finais: preparar para o fim, loop para fade-out, etc. wiki.singgenix.com | Perfeito para seu “levantamento de munição” anárquica sonora. |
[End], [Fade Out], [Fade to End] | Marca o fim, melhor usado sozinho como “clip separado”. wiki.singgenix.com | Use quando quiser que a pista termine como um tiro de efeito. |
Além disso, o site também menciona as tags para Verse/Chorus, Pre-chorus/Bridge, etc. wiki.singgenix.com+1
Como montar uma estrutura musical típica com essas tags
A seguir, uma “receita” padrão que você pode usar — e modificar para seu estilo (sertanejo anarquista + IA) —, junto com exemplos de tags.
Exemplo de estrutura:
[Intro]
[Verse]
[Pre-Chorus]
[Chorus]
[Verse]
[Pre-Chorus]
[Chorus]
[Bridge]
[Chorus]
[Outro]
[End]
Música
Os Caipiras Contra a IA: A Mesma Briga de Sempre em Novos Formatos
Caipiras: Os autênticos, da roça, das delícias do campo e da simplicidade. Estes nós amamos.
Agora, os caipiras do asfalto, dos centros urbanos, aqueles que acham que sabem de tudo e não precisam aprender mais nada. Que tem orgulho da própria ignorância e vivem regurgitando burrices sem fim. Esse prompt é para os caipiras da música, e não são os sertanejos.
Toda vez que a arte dá um passo adiante, alguém imediatamente cruza os braços, franze a testa e declara:
“Isso aí não é arte!”
A humanidade é tão previsível que dá até para criar um calendário das revoltas tecnológicas. E hoje, quem ocupa o “lugar de inimigo oficial da civilização” é a Inteligência Artificial.
Mas a treta é velha. Muito velha.
Vamos fazer o tour histórico dessa caipiragem atemporal.
1. Quando o artista bom usava… ovo
Antes da tinta a óleo, o artista raiz pintava com têmpera de ovo: gema + pigmento de pedra moída + água. Uma técnica que secava tão rápido que parecia feita para artistas que não piscam.
Um exemplo clássico?
“O Nascimento de Vênus” (1485), de Botticelli — uma obra inteira criada com essa alquimia culinária da Renascença.

Quando surgiu a tinta a óleo, permitindo esfumaçamento, correções, camadas e brilho?
A caipirada medieval gritou:
“Isso facilita demais, isso NÃO é arte!”
Resultado: a tinta a óleo virou o padrão global. A têmpera não morreu, mas virou nicho.
E ninguém morreu também.
2. Retratistas vs. Fotografia: o drama que ninguém supera
Durante séculos, retratistas dominaram o palco visual.
Gente como Ottavio Leoni, mestre italiano do século XVII, era quem transformava reis, burgueses e nobres em pinturas majestosas.

Até que… click.
A fotografia chegou.
Primeiro, com a heliografia de Niépce (1826).
Depois, com o processo daguerreotipo de 1839, popularizado por Daguerre.
A câmera obscura e o pinhole já existiam como auxiliares, mas agora havia imagem fixa, “pintada pela luz”.
E os retratistas reagiram como?
Com o clássico:
“Máquina não é arte!”
“Cadê a mão do artista?”
Resultado: a fotografia virou a nova linguagem do mundo.
Os retratistas ficaram como nota de rodapé da história — e alguns migraram lindamente para a nova tecnologia.
3. O apocalipse analógico: médio formato vs. DSLR
Passamos para o século XX — e aqui a briga ficou cinematográfica.
Os donos de Hasselblads, Mamiyas, Rolleiflex, Pentax 67, fotografando com Tri-X e Ilford HP5, tinham a convicção absoluta de que o mundo funcionava assim:
Sem película, não existe fotografia.
Aí chegam as primeiras DSLRs digitais.
E o caipira analógico rosna:
“Isso é eletrônico!”
“ISO 800 limpo? Bruxaria!”
“Megapixel não é grão!”
Enquanto isso, o mundo inteiro avançava para o digital porque… simplesmente funcionava melhor.
4. Photoshop & RAW: o fim do mundo em camadas
Se a DSLR já doía, veio a segunda paulada:
Photoshop. Arquivos RAW. Máscaras. Camadas. Curvas. Correção de cor.
Era o caos absoluto para a velha guarda.
“Isso não é foto, é design!”
“Quero ver fazer na unha, no filme!”
E o pior: revistas, editoras e publicidades passaram a exigir RAW.
A técnica analógica virou arte cult. A digital virou regra.
5. Instagram: o terremoto definitivo
Depois veio o monstro final.
A besta apocalíptica.
O flagelo que realmente tirou o sono da caipirada fotográfica:
Instagram.
De repente:
- Adolescentes faziam “fotografias estilosas” com o celular.
- Filtros automáticos substituíam horas de laboratório.
- Gente sem Hasselblad ganhava mais likes que profissionais premiados.
Gritos foram ouvidos no planeta inteiro:
“AGORA acabou a fotografia!”
Adivinhe:
Não acabou.
Nunca se fotografou tanto na história da humanidade.
6. IA: o novo capítulo da mesma novela
E chegamos ao presente.
Entre Suno, DALL-E, Runway, Midjourney, Kino, LTX, Udio e companhia, qualquer pessoa tem acesso a ferramentas que antes exigiam 20 anos de estudo.
A reação?
“Isso não é arte!”
“Isso tira emprego!”
“A máquina não sente!”
Sim, é exatamente o mesmo discurso usado contra:
- a tinta a óleo
- a fotografia
- a DSLR
- o Photoshop
- o Instagram
A arte nunca morreu.
O ego de alguns, talvez.
Conclusão: A arte evolui. Os caipiras permanecem.
Hoje, a briga não é sobre técnica.
Não é sobre autenticidade.
Não é sobre pureza.
É sobre medo — o mesmo medo que pintores de têmpera, retratistas, fotógrafos analógicos e profissionais pré-Instagram tiveram na virada das suas eras.
A história nunca muda:
o novo chega, o velho grita, o futuro acontece.
E a IA?
É só o próximo passo inevitável.
Seja no pincel, no filme, no sensor ou no prompt —
a arte é de quem ousa criar, não de quem tem medo do novo.
Música
Enlly Blue: a diva “soul-blues” feita por IA que chegou às paradas
Por que prestar atenção: lançada como um projeto de soul/blues com estética vintage e voz “aveludada”, Enlly Blue é um avatar musical cuja voz é gerada por inteligência artificial e a produção é assinada pelo compositor vietnamita Thong Viet. Mesmo assim — ou por causa disso — ela já aparece nas métricas que importam: paradas da Billboard, milhões de plays e picos no Shazam.
Quem é (e quem não é) Enlly Blue
Enlly Blue não é uma cantora “de carne e osso”, mas um projeto conduzido por Thong Viet (também creditado como Thong Viet Thong/Nguyễn Viết), que escreve, produz e lança canções com vocais sintéticos. Créditos detalhados em lojas como a Apple Music listam Viet como compositor e produtor — um indicador claro da engenharia por trás do avatar. Em redes como X (ex-Twitter) e discussões de comunidade, fãs e criadores têm desvendado publicamente essa arquitetura de bastidores.
Dos algoritmos às paradas
Em outubro, a faixa “Through My Soul” entrou na Rock Digital Song Sales e impulsionou o projeto ao Top 50 do ranking Emerging Artists, segundo a Billboard — uma referência que também foi repercutida por Forbes e Digital Music News. Esses veículos destacam que “Through My Soul” alcançou o nº 15 em vendas digitais de rock e que Enlly Blue debutou no nº 44 entre os Artistas Emergentes, sinalizando que atos gerados por IA vêm “subindo” nos charts semana após semana.
Tráfego real: streams e Shazam
Nos serviços, a performance é tangível: “Through My Soul” supera 8 milhões de reproduções no Spotify (e segue crescendo); no Shazam, o perfil do projeto celebrou a entrada no Global Chart por volta da posição #108, um marco raro para um avatar recém-nascido.
O som: blues polido com verniz de 1950
Esteticamente, Enlly Blue oferece um “retro-soul” hipnótico: timbres quentes, brushes de bateria, contrabaixo redondo e arranjos que flertam com o clima dos nightclubs dos anos 50 — linguagem reforçada por playlists oficiais no YouTube com o selo “1950 Style / Soul Blue Icon” e por capas monocromáticas que emulam fotografia analógica.
Discografia de referência
Os perfis em Spotify e Apple Music exibem álbuns e EPs como Softly Floating, Silent Street Sound e The Quiet Kind of Blue, além de singles como “Rust & Roses” e “The Weary Blues” — peças que consolidam a assinatura soul-blues com narrativa romântica e atmosfera cinematográfica.
Transparência, fascínio e ceticismo
A rápida ascensão também trouxe desconfiança e debates: criadores e ouvintes relatam terem sido “enganados” pela verossimilhança do timbre e pela estética “clássica”, antes de descobrirem a natureza sintética da vocalista. Esse efeito “uncanny” virou parte da conversa cultural em posts de X, Reddit e Facebook — e coloca o projeto no centro da discussão sobre rótulos, disclosure e detecção de IA em plataformas musicais.
Por que Enlly Blue importa
- Evidência de tração comercial: a presença simultânea em paradas da Billboard e milhões de plays indica demanda real por produtos musicais com voz sintetizada, para além do hype. 2) Novo pacto estético: o “vintage-futurista” de Enlly Blue mostra como narrativas retro e tecnologias generativas se retroalimentam no mercado. 3) Pressão regulatória/ética: a cada pico de visibilidade, cresce a cobrança por padrões de rotulagem e verificação (inclusive com ferramentas de detecção citadas por veículos que acompanharam a estreia nos charts).
Faixas essenciais para começar
- “Through My Soul” — o cartão de visitas que levou Enlly Blue às paradas. YouTube
- “Rust & Roses” — balada soul-blues com vocais etéreos e arranjo de câmera lenta. YouTube
- Álbum The Quiet Kind of Blue — consolida o mood noturno do projeto.
Serviço
- Spotify/Apple Music/YouTube: catálogo oficial disponível; procure por Enlly Blue. Spotify+2Apple Music – Web Player+2
Nota do Redação: este texto foi elaborado com base em fontes em inglês e checagens em plataformas de música e mídia — Billboard, Forbes, Digital Music News, lojas/players oficiais e discussões públicas em redes. As métricas (charts/streams) oscilam ao longo das semanas; números citados refletem os registros disponíveis no momento da apuração.
Música
“Fake Music” e a Revolução da Música com Inteligência Artificial
O canal brasileiro que inspirou uma nova geração de criadores e deu início a uma onda mundial de versões musicais feitas por IA
Um fenômeno que nasceu no Brasil
Criado no Brasil, o “Fake Music” se tornou o marco zero de uma transformação no modo como a música é reinterpretada na era digital. O canal popularizou o uso da IA para recriar faixas consagradas — como Back in Black e Highway to Hell do AC/DC e Paradise City do Guns N’ Roses — em estilos como soul, funk e R&B. O resultado foi a formação de uma nova cena internacional, na qual produtores independentes utilizam algoritmos para explorar o que teria acontecido se o rock clássico tivesse nascido nas gravadoras da Motown.
O canal surgiu no YouTube com um formato simples — vídeos de capa estática e arranjos soul/funk de clássicos do rock e do pop — e rapidamente conquistou um público fiel.
Hoje o Fake Music conta com cerca de 123 mil inscritos no Youtube e mais de 311 mil ouvintes mensais no Spotify, além de um público global que acompanha suas versões originais e suas experimentações com timbres e vozes geradas por IA. O canal do Youtube já ultrapassou a marca dos 9 milhões de visualizações em poucos meses.
A expansão do formato: uma nova cena musical digital
O sucesso do Fake Music deu origem a uma constelação de canais que adotaram a mesma lógica: reinterpretar o passado com tecnologia de ponta.
Mas o movimento não se limitou ao soul.
Hoje existem versões latinas, pop, lo-fi, experimentais e até grunge — todas criadas com o mesmo princípio: usar IA para imaginar como outras eras ou estilos poderiam soar.
Abaixo, uma lista com alguns dos canais que representam o fenômeno:
Fake Music
youtube.com/@FakemusicBr
Canal pioneiro. Reinterpreta clássicos do rock em versões soul/funk com vocais gerados por IA.
Ai Music Brasil
youtube.com/@AiMusicPrime
Letras que você já conhece em versões e universos musicais que você nunca ouviu.
Almost Real
youtube.com/@almostrealsongs
Canal norte-americano que aplica o estilo Motown a hits do pop e do rap.
Fake Golden Hits
youtube.com/@FakeGoldenHits
Reinterpreta “grandes sucessos dourados” com textura retrô e som de fita magnética.
Soul’d Out
www.youtube.com/@SouldOutRap
Reimagina clássicos do gangsta rap em versões de soul, jazz e blues dos anos 1950.
Fita Destruída
www.youtube.com/@FITADESTRUÍDA
Canal brasileiro que transforma MPB, sertanejo e outros gêneros nacionais em subgêneros do metal — do nu ao doom, do groove ao prog.
Fake Tunes
https://www.youtube.com/@FAKETUNES-f6n
Combina soul clássico e synthpop moderno. Representa a vertente mais pop do movimento.
Fake Music Lab
www.youtube.com/@FakeMusicLab
Laboratório experimental focado em texturas de som IA e manipulação vocal.
Imagine
youtube.com/@Imagine-k6o
Transformações criativas de bandas reais, reimaginadas em estilos inesperados como reggae, jazz ou grunge.
O impacto dessa nova estética
Esses canais não são apenas produtos de algoritmos — são uma forma de reimaginar a história da música.
Enquanto alguns soam como exercícios criativos, outros beiram o profissionalismo de estúdio.
Juntos, formam uma rede global de artistas e programadores independentes que usam IA para explorar o que poderia ter sido — e o que ainda pode ser.
O fenômeno também desperta debates:
- Até que ponto essas versões configuram obra derivada?
- É necessário autorização para usar vozes sintéticas que soam como as de artistas reais?
- E o mais importante: o público se importa?
As respostas ainda estão sendo construídas. Mas uma coisa já é certa — essa cena não é passageira.
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